Nesta sexta-feira, dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo comemora 465 anos! Para celebrar essa data, a Campinas Decor selecionou 6 lugares que todo arquiteto deve conhecer na maior metrópole do país.

A capital paulista reúne uma variedade enorme de lugares com arquiteturas icônicas em destaque, que agradam todos os gostos e estilos. As famosas obras são:

  • Museu da Imagem e Som
  • Mercado Municipal
  • Auditório Ibirapuera
  • Cinemateca Brasileira
  • Praça das Artes
  • Edifício Copan

Do clássico ao moderno, com traços urbanos ou tradicionais, faça um passeio em homenagem a cidade e confira os projetos emblemáticos que são a marca registrada de São Paulo.

1. Museu da Imagem e Som

Museu da Imagem e Som

O projeto vencedor do concurso realizado pela diretoria da instituição foi dos arquitetos Álvaro Razuk e Camila Fabrini, que pensaram na readaptação do prédio de acordo com suas novas necessidades. “O foco é readaptar o MIS para as funções de um museu de novas tecnologias. Criamos um laboratório de novas mídias, por exemplo, e levamos em consideração o acervo que o MIS possui, então uma parte dessa adaptação é melhorar a guarda”, explica Razuk.

Os sinais da reforma do prédio de 4 mil m² construído nos anos 1970 e sede da instituição desde 1975 – começam já na entrada do museu, realocada para um espaço entre o MIS e o Mube (Museu Brasileiro da Escultura, projeto de Paulo Mendes da Rocha), e ligada à calçada da avenida Europa por uma marquise. “Mudamos a entrada para que, ao chegar ao museu, tenha-se uma compreensão melhor de suas funções”.

Ficha Técnica
Arquitetura Camila Fabrini e Álvaro Razuk (autores); Fábio Frutuoso (colaborador)

2. Mercado Municipal

Mercado Municipal

O Mercado Municipal paulistano, construído em 1933, passou por revitalização. Há mais de 15 anos, começou o envolvimento de Pedro Paulo de Melo Saraiva com a revitalização do Mercado Municipal de São Paulo.

Algumas sutilezas do projeto – soltar o pilar existente junto aos acessos dos sanitários, por exemplo – demonstram o diálogo franco entre o novo e o velho . Esse relacionamento também é evidente no exterior, onde demolições autorizadas pelos órgãos de patrimônio histórico ficaram registradas: ao retirar anexos sem valor arquitetônico, os arquitetos marcaram a cicatriz com placas de alumínio da mesma cor da estrutura metálica do mezanino.

Igualmente renovada foi a destinação das quatro torres, sempre subutilizadas na história do mercado. As torres A e B, situadas próximo da avenida do Estado e interligadas ao mezanino, serão ocupadas por grandes restaurantes. Junto à rua da Cantareira, as torres C e D – que, apesar de menores, por não contar com anexos, são mais verticalizadas.

No entanto, o processo de favelização dos boxes – alguns deles já possuíam até três pisos – está sendo revertido espontaneamente, uma vez que agora as lojas também são vistas de cima.

Existe a expectativa que o espaço, depois dessa revitalização, passe por grande fase. Tudo indica que o restauro, a iluminação e as intervenções trarão vitalidade ao local. E o contato do prédio com a cidade aumentou: com a retirada das grades que o cercavam e o alargamento das calçadas, a população está mais próxima do Mercado Municipal.

Ficha Técnica

Arquitetura: Pedro Paulo de Melo Saraiva (1933)

Revitalização: Maria Luíza Dutra

Iluminação monumental: Franco & Fortes/Neide Senzi

3. Auditório Ibirapuera

Auditório Ibirapuera

O prédio possui simplicidade volumétrica desconcertante: um bloco único que em planta é um trapézio e, em corte, um triângulo . Ele completa o conjunto de edifícios do parque paulistano, tal como desenhado na década de 1950. Da proposta original, agora falta apenas a praça de acesso.

Concebido para a apresentação de espetáculos musicais, o Auditório Ibirapuera possui volumetria simples. O bloco único opõe-se à proposta – vigente desde a concepção da Ópera de Paris, no século 19 – de separação em três partes, legíveis a partir do exterior: foyer, platéia e palco. A simplicidade leva em conta a composição, juntamente com a Oca, de uma entrada principal para o parque . Esse conjunto de acesso, com dois edifícios de volumes puros e alvos, é considerado por Niemeyer – desde o desenho original do Ibirapuera, em 1951/54 – o mais importante do projeto, do ponto de vista arquitetônico (leia artigo nesta edição). A articulação de ambos seria feita por uma grande praça cívica e uma marquise/passarela, ambas não realizadas.

Assim como os demais prédios do parque, e grande parte da obra do arquiteto, o auditório é inteiramente branco – concreto armado com pintura impermeabilizante. Nas laterais, por exemplo, é possível observar a paginação das fôrmas da estrutura. Os únicos elementos que destoam – ou se destacam – são a marquise de acesso e a porta do fundo, ambas pintadas de vermelho. A marquise marca o acesso principal e, executada em metal, dá identidade ao prédio , caracteriza o volume puro e o diferencia dos demais. Sua monumentalidade da ideia do ambiente interno.

Ficha Técnica

Auditório Ibirapuera

Arquitetura: Oscar Niemeyer (autor); Hélio Pasta e Hélio Penteado (colaboradores)

4. Cinemateca Brasileira

Cinemateca Brasileira

A fase inicial de reconfiguração dos galpões, que data de 1989, foi idealizada por Lúcio Gomes Machado e Eduardo de Jesus Rodrigues (leia PROJETO 175, junho de 1994). No entanto, desde o ano 2000 as intervenções passaram a ser coordenadas por Nelson Dupré. Com o ingresso de uma nova diretoria executiva na instituição, no final de 2003, dinamizaram-se as ações em várias áreas, entre as quais se incluiu a aceleração da recuperação física das instalações.

O núcleo da atual intervenção foi o edifício situado na lateral esquerda do conjunto. Em seu projeto, Dupré seguiu uma linha que não busca restaurar o que poderiam ser elementos originais da edificação. Ele preferiu assimilar e evidenciar as alterações realizadas ao longo dos anos. Houve sutileza na inserção do novo programa, que se mostra claro, sem entrar em conflito com o histórico. O vidro em extensas superfícies foi o material ao qual o arquiteto recorreu com mais freqüência para assinalar sua atuação.

Ficha Técnica

Cinemateca Brasileira

Arquitetura: Nelson Dupré (autor); Mauro Pucci (coordenador); Renata Maradini e Fernando Gasperini (colaboradores)

5. Praça das Artes

Praça das Artes

A praça das artes está no coração da capital paulista. Seus autores são dois mineiros (Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz, do escritório Brasil Arquitetura) e um paulistano (Marcos Cartum, da Secretaria Municipal da Cultura). Concreto e vidro – sobretudo o concreto – dão forma à arquitetura do complexo, numa composição onde espaços não edificados têm significados tão intensos quanto os construídos.

Próximo do teatro, o terreno, que vinha sendo usado como área de transbordo de lixo, conforme lembra Cartum, tivera como ocupante, até o início da década de 1970, o Exército brasileiro, em um prédio posto abaixo anteriormente à aquisição do local pelo município – segundo o secretário municipal da Cultura na gestão 2009/2012, Carlos Augusto Calil, o Exército se recusou a transferir para a prefeitura o terreno com a construção, preferindo derrubá-la.

A demolição deixou na frente da quadra uma espécie de dente. A falha na testada da quadra 27 perdurou, portanto, por mais de 30 anos, até que a Praça das Artes fosse encaixada nas frestas do lote, esquivando-se de algumas construções lindeiras, configurando uma solução arquitetônica atraente e, mais que isso, uma engenhosa intervenção urbana.

Mesmo sendo um anexo do Municipal, a Praça das Artes possui caráter autônomo, que deriva de seu partido, de sua arquitetura e, sobretudo, do tratamento que os autores lhe deram ao tratá-la como espaço público qualificador e, espera-se, irradiador. Conforme explica Cartum, o complexo se expressa não apenas por volumes, mas, igualmente por vazios e passagens. Assim, o atendimento a programas e funções serviu para uma intervenção mais ambiciosa, que pode significar o reencontro do paulistano com o núcleo original de sua cidade.

Na parte construída, o conjunto é constituído por três módulos principais: o edifício destinado aos corpos artísticos; o estacionamento/praça (e sobre ele uma galeria); e o prédio das escolas de dança e de música e centro de documentação.

Ficha Técnica

Arquitetura: Marcos Cartum (autor) ; Brasil Arquitetura – Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Luciana Dornellas (autores); Cícero Ferraz Cruz, Fabiana Fernandes Paiva, Anselmo Turazzi e Carol Silva Moreira (colaboradores); Anne Dieterich, Beatriz Marques de Oliveira, Felipe Zene, Fred Meyer, Gabriel Grinspum, Gabriel Mendonça, Victor Gurgel, Pedro del Guerra,Thomas Kelley e Vinícius Spira (equipe); André Carvalho, Júlio Tarragó e Laura Ferraz (estagiários)

6. Edifício Copan

Edifício Copan

Um dos mais emblemáticos edifícios de São Paulo, o COPAN, projetado por Oscar Niemeyer, fica em um dos pontos mais movimentados da maior metrópole brasileira, e é considerado a maior estrutura de concreto armado do Brasil. São 115 metros de altura, 35 andares, sendo três comerciais, dois subsolos, e 1.160 apartamentos distribuídos em 6 blocos, com cerca de dois mil residentes. A área comercial no térreo possui 72 lojas e um cinema, o antigo “Cine Copan”, que funcionou até 1986, e que atualmente se encontra interditado.

A fachada do edifício tem 45 mil metros quadrados. Cada bloco tem sua entrada separada e, a partir da segunda metade dos anos 1980, todo o prédio passou a ser cercado por portões de ferro que são fechados às 23 horas. Não há infraestrutura de lazer e as crianças que residem no prédio costumam improvisar em um pátio de cimento, junto a uma das paredes externas do edifício. Os moradores reclamam das chapas de concreto que cruzam a fachada norte do edifício no sentido horizontal, que, apesar de terem um efeito plástico dos melhores para quem vê de fora, cobrem boa parte da vista que se tem de dentro dos apartamentos e são difíceis de ser limpas. A vantagem destas chapas é estrutural, pois impede que, em um incêndio, as chamas se propaguem para os andares superiores.

Ficha Técnica

Arquiteto: Oscar Niemeyer

Engenheiro: Joaquim Cardozo

 

Fonte: Arcoweb

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